Advogados argumentam falta de imparcialidade e buscam nova composição no julgamento.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) que reconsidere o impedimento dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin nos processos que envolvem o ex-mandatário. Os advogados alegam que ambos históricos de proximidade com o governo Lula e que isso compromete a imparcialidade no julgamento.
Flávio Dino, ex-ministro da Justiça e atual integrante da Corte, teve participação ativa em investigações contra aliados de Bolsonaro antes de assumir o cargo. Já Cristiano Zanin, antes de se tornar ministro, atuou como advogado do presidente Lula em processos judiciais. Para a defesa, esses fatores demonstram conflito de inte Argumentação da defesa e contestações no julgamento resses.
Argumentação da defesa e contestações no julgamento
Os advogados sustentam que a autorização dos magistrados é essencial para garantir um julgamento justo e pedem que sejam substituídos por outros ministros. O pedido se baseia na tese de que o vínculo prévio de Dino e Zanin com adversários políticos de Bolsonaro pode influenciar suas decisões.
Caso o STF negue a solicitação, as ações que envolvem o ex-presidente continuarão sendo comprovadas com a presença dos dois ministros. O resultado desse debate pode impactar o andamento dos processos, já que uma eventual troca de magistrados alteraria a composição do tribunal em casos sensíveis.
Precedentes e possíveis desdobramentos
O Supremo tem histórico de julgamentos sobre suspeita e impedimento de ministros, mas as decisões costumam ser restritivas, exigindo provas concretas de parcialidade. No caso de Dino e Zanin, a Corte deverá avaliar se os argumentos de defesa de Bolsonaro são suficientes para justificar o afastamento.
A solicitação ocorre em meio a outros desafios jurídicos do ex-presidente, que respondem a processos no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O estágio do pedido pode influenciar a estratégia jurídica de defesa e ter repercussões no cenário político.